A Cura milagrosa segundo Bento XIV e a Onipotência Ordenada
Várias vezes nos meus (às vezes improdutivos) debates com protestantes, sempre defendi que a Igreja tratava os milagres de forma muito séria, sempre se acercando de totais garantias sobre a veracidade dos mesmos. Ao contrário, por exemplo, dos protestantes com seu circo presente nos cultos diabólicos, ou mesmo dos carismáticos com suas curas e dons de línguas dominados pelo espírito protestante da "sola scriptura".
Bom, este pequeno trecho do livro do médico Yves Chiron, chefe da comissão médica que avalia as curas acontecidas em Lourdes, mostra como a Igreja (1) se preocupa com a veracidade dos fatos, observando principalmente a ONIPOTÊNCIA ORDENADA de Deus.
"Em Lourdes, também são estes critérios (2) presentes no espírito dos órgãos médicos encarregados de examinar as pessoas que se declaram curadas. Porém, com a diferença fundamental de que a Comissão Médica de Lourdes é apenas uma "comissão de constatações". Seu trabalho não é proclamar o caráter miraculoso de uma cura - isso cabe à Igreja - mas constatar, segundo a medicina, a realidade dessa cura e demonstrar que ela não se explica por razões naturais ou médicas. Em Lourdes, portanto, os critérios de Bento XIV não fazem parte, oficialmente, dos procedimentos médicos empregados. No entanto, cada médico da Comissão Médica ou do Comitê Médico Internacional conhece-os e os tem presentes na mente, quando se trata de se pronunciar sobre um caso de cura.
Bom, este pequeno trecho do livro do médico Yves Chiron, chefe da comissão médica que avalia as curas acontecidas em Lourdes, mostra como a Igreja (1) se preocupa com a veracidade dos fatos, observando principalmente a ONIPOTÊNCIA ORDENADA de Deus.
"Em Lourdes, também são estes critérios (2) presentes no espírito dos órgãos médicos encarregados de examinar as pessoas que se declaram curadas. Porém, com a diferença fundamental de que a Comissão Médica de Lourdes é apenas uma "comissão de constatações". Seu trabalho não é proclamar o caráter miraculoso de uma cura - isso cabe à Igreja - mas constatar, segundo a medicina, a realidade dessa cura e demonstrar que ela não se explica por razões naturais ou médicas. Em Lourdes, portanto, os critérios de Bento XIV não fazem parte, oficialmente, dos procedimentos médicos empregados. No entanto, cada médico da Comissão Médica ou do Comitê Médico Internacional conhece-os e os tem presentes na mente, quando se trata de se pronunciar sobre um caso de cura.
Devemos dizer ainda que, quanto à Igreja, os sete critérios objetivos definidos pelo cardeal Lambertini acrescentam-se critérios de ordem religiosa que permitem distinguir o milagre (de origem divina), do prodígio (que pode ser de origem diabólica).
Enfim, o cardeal Lambertini esclarecia que as circunstâncias que envolvem a cura devem também ser examinadas com cuidado: "Se, na finalidade, no agente, nos meios, nas condições, nos efeitos do fenômeno extraordinário ocorrido, nada se encontra de frívolo, ridículo, desonesto, vergonhoso, violento, ímpio, orgulhoso, mentiroso ou defeituoso, a qualquer título que seja; se, ao contrário, tudo nele for conveniente, sério e conduzir a piedade, à religião, à santidade, não há nenhuma dúvida, esse preternatural não pode ser diabólico."
Fonte : Chiron, Yves - Os milagres de Lourdes
(1) O Cardeal Lambertini fixou regras, citadas abaixo, para reconhecimento da veracidade de um milagre de cura no ano de 1734. Como Papa Bento XIV reinou gloriosamente entre os anos de 1740 até 1758.
(2) Os se critérios definidos pelo Cardeal Lambertini (Bento XIV) são:
-que a doença seja grave e impossível ou difícil de ser curada;
-que a doença seja grave e impossível ou difícil de ser curada;
-que a doença da qual se é curado não tenha atingido sua última fase, de modo que, pouco depois, ela devesse ter declinado;
-que não tenham sido tomados medicamentos ou que estes se tenham revelado ineficazes;
-que a cura seja rápida e instantânea;
-que a cura seja perfeita;
-que ela não seja precedida nem de uma evacuação considerável nem de uma crise;
-que a doença desaparecida não volte.
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