A confusão de Dom Williamson, proposital, sobre a Infalibilidade Papal
“Sucede também, algumas vezes, que a ilusão diabólica facilmente se oculta em erros disfarçados pelas aparências de verdade; como também um leve acréscimo ou troca de palavras corrompem o verdadeiro sentido da doutrina. Assim é que a profissão de fé, em lugar de produzir a salvação, leva por vezes o homem à morte, em virtude de alguma alteração, que sutilmente lhe tenha sido feita.”
Papa Clemente XIII, Encíclica In Dominico Agro, 14 de junho de 1761.
Em seu “Comentário Eleison – n° 374” de 13 de setembro de 2014, o bispo Richard Williamson faz alguns “comentários” desastrosos sobre a Infalibilidade Papal. Seus argumentos, repletos de modernismo, pretendem defender a Infalibilidade, negando a autoridade do Papa fazendo uma grande confusão de termos, talvez proposital.
Não queremos nos alongar refutando seus argumentos, pois isto já foi feito e a exposição do dogma é bem clara. Faremos, entretanto, àqueles que lhe são fieis, ver que o que é defendido pelo bispo não deixa de ser claro modernismo e o que procura é semear o joio, a divisão e a discórdia entre os católicos. Faremos não citando opiniões próprias, mas com citações de autores abalizados.
Muitos de seus fiéis dirão, como já disseram, que “não foi isso que ele quis dizer”, que “foi mal interpretado”, “somos de má fé e desonestos intelectualmente”. Mas o simples fato de dizer coisas que podem ser interpretadas de duas maneiras diferentes, dúbias, já é sinal de modernismo, sinal de quem procura confundir e não esclarecer, como seria de se esperar de um bispo “tradicional”, ainda mais sobre um tema de grande importância, sobre um dogma de fé!
Ele se escorrega como uma serpente entre termos que os católicos temem, mas conhecem muito pouco: “liberal”, “sedevacantista”, e ainda defende e quer que sigamos uma “terceira corrente”, como se houvesse algo além do “Sim Sim, Não Não” de Nosso Senhor.
Modernismo isso? “São exagerados”, dirão eles.
Ele diz: “Esses manuais são maravilhosos ao seu modo, mas foram escritos antes do Vaticano II.” Ora, são maravilhosos para seu tempo, mas ultrapassados (ou errados) para a atualidade? Modernismo? Pode não ser, mas parece muito com a evolução do dogma desejado pelos hereges condenados por São Pio X.
Ele diz: “...nós sabemos que a infalibilidade do Papa provém da Igreja, e não o contrário... Os melhores seres humanos, e alguns Papas foram muito bons seres humanos, podem ser inerrantes, ou seja, podem não cometer erros, mas por terem eles o pecado original, não podem ser infalíveis como só Deus pode ser. Se eles são infalíveis, a infalibilidade deve vir por sua humanidade, mas de fora, de Deus, que decide concedê-la por meio da Igreja Católica, e essa infalibilidade precisa ser um dom apenas momentâneo, conforme a duração da Definição...”
Vejamos o que diz a este respeito, sobre o mesmo tema, Mons. Tihamer Toth em “A Igreja Católica, C. VII, A Infalibilidade do Papa.”
Papa Clemente XIII, Encíclica In Dominico Agro, 14 de junho de 1761.
Em seu “Comentário Eleison – n° 374” de 13 de setembro de 2014, o bispo Richard Williamson faz alguns “comentários” desastrosos sobre a Infalibilidade Papal. Seus argumentos, repletos de modernismo, pretendem defender a Infalibilidade, negando a autoridade do Papa fazendo uma grande confusão de termos, talvez proposital.
Não queremos nos alongar refutando seus argumentos, pois isto já foi feito e a exposição do dogma é bem clara. Faremos, entretanto, àqueles que lhe são fieis, ver que o que é defendido pelo bispo não deixa de ser claro modernismo e o que procura é semear o joio, a divisão e a discórdia entre os católicos. Faremos não citando opiniões próprias, mas com citações de autores abalizados.
Muitos de seus fiéis dirão, como já disseram, que “não foi isso que ele quis dizer”, que “foi mal interpretado”, “somos de má fé e desonestos intelectualmente”. Mas o simples fato de dizer coisas que podem ser interpretadas de duas maneiras diferentes, dúbias, já é sinal de modernismo, sinal de quem procura confundir e não esclarecer, como seria de se esperar de um bispo “tradicional”, ainda mais sobre um tema de grande importância, sobre um dogma de fé!
Ele se escorrega como uma serpente entre termos que os católicos temem, mas conhecem muito pouco: “liberal”, “sedevacantista”, e ainda defende e quer que sigamos uma “terceira corrente”, como se houvesse algo além do “Sim Sim, Não Não” de Nosso Senhor.
Modernismo isso? “São exagerados”, dirão eles.
Ele diz: “Esses manuais são maravilhosos ao seu modo, mas foram escritos antes do Vaticano II.” Ora, são maravilhosos para seu tempo, mas ultrapassados (ou errados) para a atualidade? Modernismo? Pode não ser, mas parece muito com a evolução do dogma desejado pelos hereges condenados por São Pio X.
Ele diz: “...nós sabemos que a infalibilidade do Papa provém da Igreja, e não o contrário... Os melhores seres humanos, e alguns Papas foram muito bons seres humanos, podem ser inerrantes, ou seja, podem não cometer erros, mas por terem eles o pecado original, não podem ser infalíveis como só Deus pode ser. Se eles são infalíveis, a infalibilidade deve vir por sua humanidade, mas de fora, de Deus, que decide concedê-la por meio da Igreja Católica, e essa infalibilidade precisa ser um dom apenas momentâneo, conforme a duração da Definição...”
Vejamos o que diz a este respeito, sobre o mesmo tema, Mons. Tihamer Toth em “A Igreja Católica, C. VII, A Infalibilidade do Papa.”
“...Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu S. Pedro e seus sucessores como doutores, chefes supremos e sumos sacerdotes da sua Igreja; quer dizer, colocou nas mãos do papa a sorte da Igreja. O papa é, pois, o piloto responsável pela nave, que é a Igreja. Para essa tarefa sobre-humana, ele precisa de um auxílio sobre-humano. Com efeito, se o papa não estivesse certo da assistência do Espírito Santo, se pudesse enganar-se quando dá à Igreja de Cristo regras de fé ou de moral, abrir-se-ia na vida da Igreja uma ferida da qual mais cedo ou mais tarde, ela teria de perecer...”
“...Se a Igreja de Cristo não deve nem cessar nem enganar- se, certamente também não o pode o seu chefe. Porquanto, se o piloto pudesse enganar-se e extraviar-se, a embarcação se esfacelaria contra um rochedo pérfido. Cumpre que o piloto da Igreja de Cristo seja infalível nas questões de fé e de moral...”
“...Se examinarmos os deveres que Nosso Senhor Jesus Cristo impôs à sua Igreja verificaremos que esses deveres, e os fins da Igreja, exigem a infalibilidade do papa. Exigem: A) a pureza da fé; B) a unidade...”
“A) A pureza da fé exige a infalibilidade do papa. Que vantagem haveria em Cristo ter vivido aqui na terra, ter ensinado a conhecer e a adorar a Deus convenientemente, ter morrido por nós e nos ter adquirido os tesouros da redenção; de que serviria tudo isso, se Ele não tivesse velado também para que os homens, no correr dos séculos, não falsificassem a sua doutrina, não lhe acrescentassem nem tirassem nada, isto é, se não tivesse dado a S. Pedro, e aos seus sucessores, o dom que os preserva de todo erro no ensino do dogma e da moral? A pureza da fé exige que o magistério eclesiástico seja isento de toda possibilidade ele erro, e que, si ele declara alguma coisa como doutrina de Cristo, ela o seja, certamente.”
“...O mundo católico sempre soube que S. Pedro e seus sucessores são os doutores infalíveis das verdades da fé. Por isto, cada vez que surgia dúvida se uma doutrina era, ou não, conforme ao ensino do Evangelho, os maiores sábios e os Doutores da Igreja volviam-se para Roma. Foi o que se produziu em Corinto; em vida mesmo do apóstolo S. João. Para obterem uma decisão, os fiéis de Corinto não se dirigiram a S. João, que vivia perto deles, em Éfeso, mas ao sucessor de S. Pedro, a S. Clemente, bispo de Roma, que ficava muito mais longe. Eles sabiam, com efeito, que o divino Mestre rogara por Pedro e por seus sucessores para que eles fossem isentos de todo erro, quando explicam e pregam a sua doutrina...”
“B) Assim também, a unidade de fé exige a infalibilidade do papa. Se Cristo realmente quis conservar sua doutrina até o fim do mundo, era necessário instituir um magistério doutrinal infalível...”
De muito bom grado continuaríamos a citação se o tempo e o espaço permitissem, mas remetemos os leitores ao excelente livro de Mons. Tihamer Toth, exemplo de bispo devotado de corpo e alma pela causa da Igreja.
Esta citação e as inúmeras que omitimos são contrárias ao dito artigo de Dom Williamson. Segundo o celebre autor do livro, a Infalibilidade do papa foi concedida por Cristo a São Pedro e seus sucessores e isso era muito conveniente por causa da natureza e do ofício do papa e de seus sucessores.
Mas dirão: “... muito belo... porém foi escrito antes do Vaticano II...”.
Modernismo? Não!!! Mas já ouvimos muitas respostas semelhantes dadas por bispos e padres da igreja pós-conciliar! Certamente por estarem “misteriosamente unidos”.
Continuaremos nos próximos artigos a refutar os “Comentários Eleison” de Dom Williamson onde, falando sobre a Infalibilidade da Igreja, faz uma grande confusão, proposital, entre o Magistério Extraordinário e o Magistério Ordinário Universal. Confusão censurável para um bispo que se diz tradicional e defensor da fé.
Nosso objetivo, nos próximos artigos é mostrar que Dom Williamson trabalha, de maneira consciente e metódica, para destruir o restante da fé no restante de católicos que ainda procuram ser fieis a Deus e a Igreja.
Nossa Senhora nos proteja!
Ave Maria Puríssima, Sem pecado concebida!
“...Se a Igreja de Cristo não deve nem cessar nem enganar- se, certamente também não o pode o seu chefe. Porquanto, se o piloto pudesse enganar-se e extraviar-se, a embarcação se esfacelaria contra um rochedo pérfido. Cumpre que o piloto da Igreja de Cristo seja infalível nas questões de fé e de moral...”
“...Se examinarmos os deveres que Nosso Senhor Jesus Cristo impôs à sua Igreja verificaremos que esses deveres, e os fins da Igreja, exigem a infalibilidade do papa. Exigem: A) a pureza da fé; B) a unidade...”
“A) A pureza da fé exige a infalibilidade do papa. Que vantagem haveria em Cristo ter vivido aqui na terra, ter ensinado a conhecer e a adorar a Deus convenientemente, ter morrido por nós e nos ter adquirido os tesouros da redenção; de que serviria tudo isso, se Ele não tivesse velado também para que os homens, no correr dos séculos, não falsificassem a sua doutrina, não lhe acrescentassem nem tirassem nada, isto é, se não tivesse dado a S. Pedro, e aos seus sucessores, o dom que os preserva de todo erro no ensino do dogma e da moral? A pureza da fé exige que o magistério eclesiástico seja isento de toda possibilidade ele erro, e que, si ele declara alguma coisa como doutrina de Cristo, ela o seja, certamente.”
“...O mundo católico sempre soube que S. Pedro e seus sucessores são os doutores infalíveis das verdades da fé. Por isto, cada vez que surgia dúvida se uma doutrina era, ou não, conforme ao ensino do Evangelho, os maiores sábios e os Doutores da Igreja volviam-se para Roma. Foi o que se produziu em Corinto; em vida mesmo do apóstolo S. João. Para obterem uma decisão, os fiéis de Corinto não se dirigiram a S. João, que vivia perto deles, em Éfeso, mas ao sucessor de S. Pedro, a S. Clemente, bispo de Roma, que ficava muito mais longe. Eles sabiam, com efeito, que o divino Mestre rogara por Pedro e por seus sucessores para que eles fossem isentos de todo erro, quando explicam e pregam a sua doutrina...”
“B) Assim também, a unidade de fé exige a infalibilidade do papa. Se Cristo realmente quis conservar sua doutrina até o fim do mundo, era necessário instituir um magistério doutrinal infalível...”
De muito bom grado continuaríamos a citação se o tempo e o espaço permitissem, mas remetemos os leitores ao excelente livro de Mons. Tihamer Toth, exemplo de bispo devotado de corpo e alma pela causa da Igreja.
Esta citação e as inúmeras que omitimos são contrárias ao dito artigo de Dom Williamson. Segundo o celebre autor do livro, a Infalibilidade do papa foi concedida por Cristo a São Pedro e seus sucessores e isso era muito conveniente por causa da natureza e do ofício do papa e de seus sucessores.
Mas dirão: “... muito belo... porém foi escrito antes do Vaticano II...”.
Modernismo? Não!!! Mas já ouvimos muitas respostas semelhantes dadas por bispos e padres da igreja pós-conciliar! Certamente por estarem “misteriosamente unidos”.
Continuaremos nos próximos artigos a refutar os “Comentários Eleison” de Dom Williamson onde, falando sobre a Infalibilidade da Igreja, faz uma grande confusão, proposital, entre o Magistério Extraordinário e o Magistério Ordinário Universal. Confusão censurável para um bispo que se diz tradicional e defensor da fé.
Nosso objetivo, nos próximos artigos é mostrar que Dom Williamson trabalha, de maneira consciente e metódica, para destruir o restante da fé no restante de católicos que ainda procuram ser fieis a Deus e a Igreja.
Nossa Senhora nos proteja!
Ave Maria Puríssima, Sem pecado concebida!
Por Rafael Horta
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